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31 dezembro 2015

O QUE VOCÊ PREFERE: COMPETIR, DISPUTAR OU CONFRONTAR?





            À primeira vista nos parece estarmos diante de vocábulos sinôn
imos ou seja de igual significado gramatical; com um pouco mais de atenção e se não lhes bastar uma ligeira consulta ao pai dos asnos, acabamos  por observar que tanto competição como disputa e também confronto, versam concomitantes sim sobre rivalidade e antagonismo. Porém em estágios e planos distintos, dependendo da área de ocorrência, do teor do conflito e da situação razoável do emblemático pleito, eis aí a complexidade.
            A exemplo a maioria dos estudiosos do assunto, escritores, historiadores e outros, definem a competição como sendo um jogo mais sincronizado a coletividade dos envolvidos. Embora as competições tenham repercussões calorosas e fanáticas, se desenvolvem num âmbito compartilhado com bastante equilíbrio em emulações sadias, cortez e associativa. Se observa isto em muito peculiar nos embates esportivos, como o futebol e outras modalidades do esporte coletivo. Mas também se enxerga como competição os duelos jurídicos, nos negócios a concorrência leal e outras atividades litigiosas de cunho religioso e familiar, pelejas mais leves, implícitas no rol das relações humanas. O que se apura de mais sólido na competição é que o seu discorrer é solidário e exibicionista, em síntese a competição é conduzida mais para as plateias do que propriamente para os competidores, observa-se isto nos atletas capoeiristas que alardam num bom sentido, que o importante não é ganhar mas sim competir. Já a disputa por si só, nos parece mais acirrada e brutal, embasado normalmente em rixas e/ou controvérsias. Notoriamente são consumadas nas depuradas contendas, são brigas mortais, envolvendo lutas corporais e contestações fervorosas. Neste diapasão estão os entreveros por bens e heranças, boa parte dos lutadores das artes marciais sangrentas. (jiu-jitsu, vale-tudo, etc).
            Por fim, o confronto que é a mais radical das três ações, com efeitos quase sempre extravagantes, por exigir o cortejo direto e paralelo à careação dos fatos provocantes do litígio em questão. O que o torna num verdadeiro defronte intenso é o Tête-à-tête, como se diz na gíria , ou você ou eu? É a batalha decisiva e final, nua e crua, que sugere decisão imediata. No confronto vale mais o ataque que a defesa, a tática é vencer ou vencer, não há empate, é a expressão genuína da guerra. – Se alguém ousar saber porque tanta enfatização à esta questão tão banal, ao enredo, só nos resta dizer que nossa vida e na maioria dos viventes do planeta, só encontram razão de viver na sufocante luta.
            Nós humanos racionais, começamos a brigar antes mesmo de nascer, no ventre de nossas mães, já disputamos em meio a milhões de espermatozoides a primazia de avançar na frente e germinar com galardio. Não é tão diferente na infância, quando nos atracamos aos paus-de-sebo, na busca por um prêmio simbólico, ou nas primeiras escolas, quando alvejamos a cobiça da garota mais linda. Daí em frente tudo vira motivo de disputa, por excelência somos indivíduos irrequietos, invejosos, valentes e até avarentos. Isto nos dá a postura e capacidade de não querermos perder em nada e tirar proveito de tudo, inclusive tentando se superar dos seus próprios limites.
            As olimpíadas, o maior evento esportivo continental, teve inspiração maior nas corridas pedestres, onde os homens da pedra queriam superar as marchas e passadas de alguns animais: À exemplo da pernalta avestruz e outros silvestres, na maioria quadrúpedes. Ao longo dos séculos apreendemos que das competições saudáveis e honrosas, surgem os bons frutos da vitória da disciplina, que acima de tudo nos rejuvenesce. Assim foi que o esporte se tornou a maior fonte de lazer e entretenimento mundo a fora.
  Se é ou não salutar viver em guerra, a resposta de muitos é não.



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