À primeira vista nos
parece estarmos diante de vocábulos sinôn
imos ou seja de igual significado gramatical; com um pouco mais de atenção e se não lhes bastar uma ligeira consulta ao pai dos asnos, acabamos por observar que tanto competição como disputa e também confronto, versam concomitantes sim sobre rivalidade e antagonismo. Porém em estágios e planos distintos, dependendo da área de ocorrência, do teor do conflito e da situação razoável do emblemático pleito, eis aí a complexidade.
imos ou seja de igual significado gramatical; com um pouco mais de atenção e se não lhes bastar uma ligeira consulta ao pai dos asnos, acabamos por observar que tanto competição como disputa e também confronto, versam concomitantes sim sobre rivalidade e antagonismo. Porém em estágios e planos distintos, dependendo da área de ocorrência, do teor do conflito e da situação razoável do emblemático pleito, eis aí a complexidade.
A exemplo a maioria
dos estudiosos do assunto, escritores, historiadores e outros, definem a
competição como sendo um jogo mais sincronizado a coletividade dos envolvidos.
Embora as competições tenham repercussões calorosas e fanáticas, se desenvolvem
num âmbito compartilhado com bastante equilíbrio em emulações sadias, cortez e
associativa. Se observa isto em muito peculiar nos embates esportivos, como o
futebol e outras modalidades do esporte coletivo. Mas também se enxerga como
competição os duelos jurídicos, nos negócios a concorrência leal e outras
atividades litigiosas de cunho religioso e familiar, pelejas mais leves,
implícitas no rol das relações humanas. O que se apura de mais sólido na
competição é que o seu discorrer é solidário e exibicionista, em síntese a
competição é conduzida mais para as plateias do que propriamente para os
competidores, observa-se isto nos atletas capoeiristas que alardam num bom
sentido, que o importante não é ganhar mas sim competir. Já a disputa por si só,
nos parece mais acirrada e brutal, embasado normalmente em rixas e/ou
controvérsias. Notoriamente são consumadas nas depuradas contendas, são brigas
mortais, envolvendo lutas corporais e contestações fervorosas. Neste diapasão
estão os entreveros por bens e heranças, boa parte dos lutadores das artes
marciais sangrentas. (jiu-jitsu, vale-tudo, etc).
Por fim, o confronto
que é a mais radical das três ações, com efeitos quase sempre extravagantes, por
exigir o cortejo direto e paralelo à careação dos fatos provocantes do litígio
em questão. O que o torna num verdadeiro defronte intenso é o Tête-à-tête, como se diz na gíria , ou você ou eu? É a batalha decisiva e
final, nua e crua, que sugere decisão
imediata. No confronto vale mais o ataque que a defesa, a tática é vencer ou vencer, não há empate, é a
expressão genuína da guerra. – Se alguém ousar saber porque tanta enfatização à
esta questão tão banal, ao enredo, só nos resta dizer que nossa vida e na
maioria dos viventes do planeta, só encontram razão de viver na sufocante luta.
Nós humanos racionais,
começamos a brigar antes mesmo de nascer, no ventre de nossas mães, já
disputamos em meio a milhões de espermatozoides a primazia de avançar na frente
e germinar com galardio. Não é tão diferente na infância, quando nos atracamos
aos paus-de-sebo, na busca por um prêmio simbólico, ou nas primeiras escolas,
quando alvejamos a cobiça da garota mais linda. Daí em frente tudo vira motivo
de disputa, por excelência somos indivíduos irrequietos, invejosos, valentes e
até avarentos. Isto nos dá a postura e capacidade de não querermos perder em
nada e tirar proveito de tudo, inclusive tentando se superar dos seus próprios
limites.
As olimpíadas, o maior
evento esportivo continental, teve inspiração maior nas corridas pedestres,
onde os homens da pedra queriam superar as marchas e passadas de alguns
animais: À exemplo da pernalta avestruz e outros silvestres, na maioria
quadrúpedes. Ao longo dos séculos apreendemos que das competições saudáveis e
honrosas, surgem os bons frutos da vitória da disciplina, que acima de tudo nos
rejuvenesce. Assim foi que o esporte se tornou a maior fonte de lazer e
entretenimento mundo a fora.
Se é ou não salutar viver em guerra, a resposta de
muitos é não.
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