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27 dezembro 2018

BASE DE ARTILHARIA MILITAR OU INVASÃO DA VENEZUELA?



Antes que se possa responder a estas indagações, é interessante que se diga de incontinente, que entre outros vexames da pasta, o presidente Bolsonaro haverá de ser surpreendido por um baita presente.

Me refiro a um presente de grego! Não obstante a tantos afagos e trocas de gentileza por parte do “todo poderoso mandatário e senhor das américas”, como ele próprio se intitula. Neste sentido, eu acredito que em breve o nosso presidente nacional será agraciado com a surpresa. Não é de se esperar somente retornos favoráveis, ou seja; benefícios práticos, coisas positivas para o povo brasileiro, extraídos deste suposto bom relacionamento. Modéstia à parte, em que pese a importância de caminhar junto com a maior potência econômica do planeta por meio de acordos comerciais bilaterais em andamento, a própria política da boa vizinhança; esperamos que seja no mínimo salutar!
Obviamente, não resta a menor dúvida que se trate de fatores consideráveis neste contexto. Porém, no fundo permeiam os outros interesses de maior porte, alguns escusos, que poderão estar em jogo.  Um exemplo clássico é certamente a cobiça pelas terras venezuelanas. Sabemos que a questão em pauta nunca foi negada a ninguém e todos conhecem os olhos grandes dos governantes do país do Tio Sam. Eles, os norte-americanos, querem dominar tudo entre o céu e a terra, inclusive o rico país da Venezuela. Em tese, ter sob seu controle as maiores jazidas de minério do Hemisfério Sul, certamente é um grande negócio. E mais, o petróleo em abundância, a biodiversidade e tantas outras riquezas naturais, podem ser presas fáceis para o país mais poderoso do planeta Terra.
 Vale ressaltar ainda, que os investimentos pesados em torno da exploração do petróleo por distribuidoras em terra norte-americana, feitos em tempos atrás, confirmam esta obsessão e o desejo de tomar para si a parte boa do país bolivariano. Obviamente que para avançar numa aventura destas proporções, o Trump precisa ter, além de um planejamento estratégico, o apoio de seus parceiros de enfrentamento, na pesada batalha contra o arrojado Maduro. É exatamente aí que entra o “presentão de Bolsonaro”: o Cavalo de Tróia, o que é extraordinário, muito embora este cavalo seja mitológico, advindo da antiga Grécia, em eras bem antes de Cristo, onde sua existência é questionada. Acredito que o cavalo agora deve ser real, e com certeza vem inspirando Donald Trump, que se acha tão poderoso como um Semideus, capaz inclusive, de fazer mais estardalhaços mundo afora!
À primeira vista, que País no mundo não gostaria de obter gratuitamente, uma expoente base militarizada com milhares de milicos fardados como segurança de suas fronteiras?  - Sem querer entrar nos amiúdes da espionagem e detalhes da militância, este deve ser o aloprado cavalo prometido ao nosso Capitão. Muita gente boa acredita firmemente, que breve será instalado na Região Norte, de preferência em terras roraimenses. O aparato terá direito a porta-aviões e de sobra uma Corte Internacional e especial para julgar traficantes e terroristas. Vale ressaltar, que o fato de Bolsonaro não aceitar Cuba e Venezuela em sua posse, já se fala muito alto sobre este repugnante imbróglio. Que Deus não permita que se use para este fim, as devolutas terras roraimenses dos Ianomâmis da Raposa - Serra do Sol.  É de bom alvitre observar, que mesmo sendo de direita ao extremo, o Capitão não tem nada a ver com Donald Trump, tal qual nossa democracia difere e muito, do sistema político norte-americano.
          Neste particular, os gringos sempre foram mestres na armação de ciladas contra seus oponentes, em especial as ações políticas em detrimento do povo, pondo em cheque toda a coletividade. Sem querer enumerar, mas foram incontáveis estas pseudas benevolentes doações que acabaram estourando como bombas atômicas no seio da sociedade, a exemplo da bomba de Hiroshima. Na verdade, não há muito que se esperar de um louco que há tão pouco tempo de governo já cometeu afrontas e desvairadas decisões desumanas, sendo hoje comparado ao Rei Herodes e outros tantos. Não fosse a construção do muro mexicano tão chacoalhado pela mídia internacional, nos parece só a gota d’água para enfrentamentos sem precedentes contra países latinos indefesos.
     Para que sejamos mais incisivos, o que nos parece mais plausível, a ponto de emprenhar nossos ouvidos é que, o ambicioso, ousado e usurpador das reservas estrangeiras, insiste nesta aberração criminosa, de invadir o País venezuelano e impor suas normas e doutrinas capitalistas, tal qual fizeram ao longo dos tempos com outros países, entre eles: Vietnam, Iraque e mais recentemente a Síria. A bem da verdade, esta proposta não é nova e muito menos inédita, a ponto de ter vazado a meio mundo. O que lhe falta, digo ao senhor das américas, trata-se de apoio irrestrito de aliados, que sempre lhes tiveram como figura non grata.
Pois bem, diante de tudo isto, o que representa este suposto cavalo selado e suprido de seus arreios instrumentarias, para o País dos tupiniquins? – Mais retrocesso e inimizades no contexto internacional? - Eis aí uma intrigante questão, embora ainda estejamos na esfera hipotética, porém a repercussão já se mostra trágica, comparada à tantas outras que já ocorreram mundo afora. Os indícios são de que mais uma guerra intolerável será incitada, o que muito só interessa a eles, aos americanos, com o fim de que possam negociar seu arsenal de armas pesadas, obsoletas. Nesta questão, muitos estudiosos do assunto já estão debruçando em suas pranchetas, preocupados nas suas análises com o desdobramento caótico que se apresenta. Sabe-se que ainda são nebulosas as sinalizações. Embora seja este só mais um plano descomunal de um tresloucado sujeito, levado por um sentimento nacionalista sem precedente, com sede de poder extremo, a ponto de ter custeado a fraude de suas eleições, cujo objetivo foi se manter no alto posto onde está!
A bem da verdade, mais um dos endiabrados líderes que ao longo da história provocaram tumulto às nações do planeta Terra, a exemplo do incendiário Mussolini ou do sanguinário Hitler, entre outros. Pasmem todos os viventes, como se não bastasse a aguda crise faminta daqueles irmãos venezuelanos, como haverão de suportar mais este insuperável desfecho de atrocidade? - Assim, o que se espera é que haja tempo e vontade política dos organismos internacionais para intervir nesta afrontosa ideia, inclusive a ONU, em que possam desvendar a tempo os efeitos corrosivos, revertendo tudo isto, sem perdas de vida e sem prejuízos materiais para qualquer dos lados envolvidos.


Juvenil Coelho







O autor é analista político e Diretor do Instituto Phoenix de Pesquisas Sociais.

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