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11 janeiro 2016

Capital de Rondônia - Nova dinâmica com Eleições Gerais.





                    Adentramos ao ano de 1982, em efusivo clima de estado novo. Sedimentada no extrativismo mineral em alta, o que propiciou
aos munícipes. Um ciclo redentor na economia e enorme efervescência no meio político, por força das vindouras eleições a serem realizadas no mês de novembro daquele mesmo ano. O movimento de transeuntes nas ruas e praças centrais da cidade reverberava intenso e notório, por falta de transportes coletivos e até mesmo de veículos em proporções suficiente ao aumento emergente da coletividade local urbana, a grande maioria caminhava mesmo no pé dois, na correria dos interesses maiores. Ao bem da verdade e da saúde dos que gostavam de fazer caminhadas extensas, a cidade não dispunha outrora, nem mesmo de uma frota de taxi condizente com os números populacionais do momento. Pois tínhamos aproximadamente duzentas placas regulamentadas para atender além da sede, aos garimpos, mineradoras e distritos adjacentes. Este fluxo crescia em proporções geométricas a cada mês, em meio ao otimista processo migratório em curso, diuturno.  Assim também cresciam as expectativas econômicas da capital, por conseguinte de todo estado. Todavia as atenções mais aguçadas naquele ano de (82), se voltavam mais para o desfecho das eleições gerais. Que apesar de ainda não se poder votar e eleger ao prefeito, que seria nomeado por força de decreto federal. No entanto o anseio que se vislumbrava era poder escolher os nossos representantes nas casas de leis, alta e baixa, em proporções com a estrutura do estado caçula. Assim muito se lançaram na cobiça de merecerem a deferência especial dos eleitores, a cadeiras de: Deputados Estaduais, Federais e Senado. Talvez por ser a primeira vez, e pelo anseio de mudanças daquele momento, tenha causado tanta euforia, uma verdadeira explosão nos ânimos do Portovelhense, no decorrer da campanha eleitoral. Consoante ao tema, que sabiamente defendeu o professor e nato historiador, FRANCISCO MATIAS, nos termos a seguir: “A estrutura política nacional estava se modificando em razão da falência do regime militar e da ascensão das forças políticas oriundas do poder civil. Os efeitos dessa transformação iriam influenciar profundamente na condução do estado de Rondônia, cujas lideranças e agremiações partidárias se fortaleciam, buscando independência e maior fatia do poder.”Fraseado extraído textualmente do livro FORMAÇÃO HISTÓRICA E ECONÔMICA DE RONDÔNIA. Pag.138 da referida obra do mestre Matias, publicada em 20l0. Convenhamos que não foram poucos os experientes politiqueiros da época, também formadores de opinião e até expoentes jornalistas de plantão, que de lá prá cá, acompanham os demais pleitos eleitorais, a asseverarem que foi a eleição mais acirrada de todos os tempos e muito CARA por sinal, falam assim quase todos julgando-a em termos financeiro. Fazendo nos esquecer, ou ao menos fazer vistas grossas as turbulentas quebra de braço dos PELES CURTAS E CUTUBAS de épocas recém passada. Não é falacioso também afirmar, que mesmo diante da substancial força política manifestada pela oposição, capitaneada pelo homem da bengala, então (Deputado Federal Jerônimo Santana), prevaleceu a supremacia dos donos do poder reinante, que se rebolou, injetando recursos inestimáveis na aposta de seus postulantes, as três casas de lei. Desta forma na disputa do voto a voto, ainda não foi desta feita que os oposicionistas lograram êxito extraordinário no embate. No que pese alguns oposicionistas também terem investido pesado, gastando somas vultosas nas suas candidaturas. Sem fazerem qualquer segredo, já que a justiça eleitoral ainda se fazia apática a esta prática abusiva. Como foi o caso atípico do homem do chapéu, mega empresário Múcio Athayde, Olavo Pires (in memória), e outros tantos. Prá se ter uma noção mais autêntica do que foi este período de transição e turbulência, se faz necessário dizer que enfrentamos inclusive, momentos de desabastecimento em gêneros e produtos de primeira necessidade, por conta do largo consumismo de alimento para os recém-chegados na busca do ELDORADO tupiniquim. Tanto que o governo federal em caráter de urgência acionou a COBAL a instalar-se em nosso torrão, uma central de médio porte, a atender emergencialmente esta demanda. Até então esta companhia, empresa de economia mista, era privilégio das grandes capitais. Por tal sorte ou obra do auspicioso criador, logo entramos no rol de uma capital promissora, com a elevação no preço do estanho e do ouro no mercado internacional, entramos rapidamente para o bloco de maior exportador de cassiterita da America latina. Sem falar de outros investimentos de monta, da parte do governo federal, que transformaram de imediato a inibida cidade, num vasto canteiro de obras. Conjuntos habitacionais, explanada das secretarias, reforma de aeroporto, construção de presídio, em fim. Somente as quatro grandes  mineradoras da iniciativa privada: Dos grupos, Paranapanema, Brascan, Brumadinho e Mi brasa, empregaram juntos em seus anos de atividade em pico, entre 80 e 85, mais de ( 120) mil pessoas, de conformidade com  os dados  estatísticos divulgados,  nas doze áreas de lavas,  prospecção e exploração  estanífera, na circunvizinhança, com  produção em larga escala, do lucrativo metal ferroso.Traria uma desconexão inexplicável, findar o texto sem aventar os resultados finais das eleições a que sugere o próprio titulo, possam em justa causa os nossos raríssimos acessantes,  nos taxar de insensatez, longe do que prima nossa simplória modéstia. Mesmo assim no que tange ao esguio espaço que dispomos, vamos só relembrar que o grande derrotado naquele confronto de leões famintos, na cata do sufrágio desejado, foi o Jerônimo da infortuna bengala, quem perdeu feio a disputa por uma vaga ao Senado. Por outro lado o bravo vitorioso foi seu maior rival na campanha, o ex-prefeito Odacir Soares, que bumbou de bom grado da benevolência dos eleitores e gratuitamente mamou, oito anos de mandato abocanhados na mais alta corte do congresso nacional. Oxalá que os dois tinham domicílio e redutos consagrados na capital, ambos juristas de ofício. De mais concreto e salutar foi a partir desta escolha pelo voto direto, que mesmo em meio a mistura de tantas raças e civilizações diferentes, voltamos a ter o direito constitucional e sobre tudo o privilégio de botar e tirar nossos representantes. De formas tal que embora elegendo na maioria das vezes os forasteiros, mesmo assim nunca nos faltará pretextos para culpar os políticos pelos desdém e a falta de comprometimento com ações e serviços essenciais. Assim se faz curioso dizer que esta é a mistura que faltava ao resplandecer de nossa aurora municipalista, como destemidos pioneiros, pois em três décadas avançamos substancialmente em prosperidade agropecuária, no agronegócio, no criame de pescado na geração de energia. Pouco nos importando os nefastos desastres das políticas pública. Se ainda temos alagamentos, ou se as obras de construção dos viadutos vão completar (10) anos sem conclusão, se não tivemos até hoje um projeto de urbanização consistente, com jardinagem e pavimentação das ruas principais, saneamento básico e por ai afora, só lamentamos incontinente, não termos sido tão felizes nas escolhas de nossos mais recentes alcaides. Que pena!

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