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04 fevereiro 2020

Reminiscências

O homem do bem, digno e de bons costumes, de coração esplendoroso, foi-se assim, firme e incólume para o além.

Por certo terá um assento especial na eternidade junto ao trono celestial do criador. Além de sua humildade ímpar, impulso quebrantado, assim lhes reputamos como uma das poucas reservas Morais deste momento tempestivo. Os povoados de Ipu Mazagão, contenda e guarani, localidades em que labutou na maior parte de seus 66 anos, foram por certo subtraídos pela sua perda, ficando como legado de honradez e bons princípios, toda sua trajetória simples, porém correta e atuante.

Portanto haverás de descansar em paz, baluarte irmão, quem sabe ao lado de teus generosos pais, a quem o Senhor dos senhores também já os levou, talvez por isto a primazia da sabedoria divina te escolheu, como o primeiro a ir embora, dos doze filhos legítimos de Arlindo e da Ritinha Siebra, a preparar o altar de recepção, dos demais que haverão de merecer a misericordiosa graça dos céus. A mim, enorme gratidão em haver tido o privilégio de ser na vida terrena um desses teus irmãos, o mais idoso por sinal, o primogênito da casa, a quem tu tiveste a firme confiança de confidenciar alguns segredos e por fim me escolher como relator de teu minúsculo testamento, ainda em plena sobriedade de vida.



Desta forma, hei de te ser caro e leal, destituído de interesses materiais ou falsa modéstia, já que como herança maior, nosso pai nos presenteou tanto a mim como a ti, Doquinha, com a sábia doutrina, correta e inquestionável, tendo uma só cara, um só peso, uma só medida. De tal sorte, que nos foi dado por Deus, a prerrogativa de sermos irmãos e os laços de amizade, fomos nós que escolhemos.

Assim, obrigado meu irmão João Coelho Siebra, e até logo amigo Doca!

Que possamos nos reencontrar nas alturas em breve.

Até logo...


Juvenil

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