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08 abril 2015

A ÂNSIA DO PODER, NOS INDUZ A EXTRAVAGÂNCIAS

                                                                                         


Por Juvenil Coelho


A política brasileira, mediante ação hostil de seus agentes condutores, sempre foi pródiga na arquitetura de fatos retumbantes, por vez, emblemáticos, outrora
de virtual impacto social, que em muitos momentos colocaram a coletividade em apuros e polvorosas expectativas. A não nos estendermos muito, neste particular, citamos somente alguns daqueles episódios que ora nos flui espontaneamente na memória. Em primeira mão, à titulo de economizarmos espaço, ficam portanto, congelados, para  trás como se diz na ginga, alguns daqueles causos fulminantes da retrógada e velha república. Que possamos assim relembrar coisas mais recente.  À exemplo: O movimento das diretas já, a ocupação do poder central  pelos militares, na revolução de (64), a cassação do ex-presidente Fernando Collor, a renúncia de Jânio Quadros, O confisco do boi gordo nos campos, o tiro no pé de Carlos Lacerda, o congelamento das cadernetas de poupança, a eleição vitoriosa de um operário  a presidência da república e até o suicídio inexplicável de Getúlio Vargas, em pleno poder. Assim, estas e outras deploráveis ocorrências, nos foram apregoadas. Tal qual hoje se vê, as dolorosas falcatruas acontecendo bem próximo aos nossos narizes, são furtos e roubos que explodem a cada esquina, afrontando o povo e devorando o erário público. Entramos num verdadeiro colapso, nossas instituições passam por situações constrangedoras, delicadas e escabrosas. Tanto a nível federal, como também estadual e municipal. Enfim, como retrataram os fatos passados que geraram substanciais perdas ao estado de direito, embora nos possa parecer folclóricos e até cômicos. Mas, à bem da verdade, nenhum deles citados, tiveram repercussões tão pejorativas e devastadoras, como estes que vem se desvendando nos anos à fio, dos governantes mais atuais, muito deplorável, sim.
            Lamenta-se que a cada instante estejamos sendo surpreendidos com desvios dos montantes de recursos do erário público. Não bastasse o golpe da última campanha que mostrava um país enxuto de inteira governabilidade, ledo engano. Assim mesmo os infratores continuam a se mostrarem pedantes, intransigentes e irredutíveis aos erros praticados.
            O que fizer daquele meliante bandido, ex-diretor da estatal Petrobras, que mesmo comprovada a sua participação efetiva no desvio de altos valores para as suas contas em paraísos fiscais, ainda bradava ao vivo, com a petulância de perguntar aos policiais que lhe davam, ordem de prisão. “Que pais é este?” Não nos parece absurdo também ver aquele tesoureiro sisudo, arrogante por natureza, continuando à frente da tesouraria do seu partido, mesmo estando comprovada a sua participação em intermediar vários negócios fraudulentos, da operação lava-jato.
            Numa desesperadora atitude é que o governo federal trabalha hoje com supostas e soberbas fontes de salvação, que possam lhes possibilitar pelo menos um fôlego na latente condução da grave crise. Iniciando com a desvirtuação dos focos principais com a apresentação de denúncias noutros compartimentos do poder, sob a alegação de investigações severas. Entre elas: na receita federal, no BNDES e no INSS. Por outro lado, criando nuvens de fumaça que ofusquem também o semblante dos adversários sob alegações de desgoverno e fraudes nos estados de: São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Outra estratégia escusa é a de colocar os aliados em postos de extrema responsabilidade no fogo cruzado, na ânsia de poder dividir a culpa pelos erros. Foram vitimas desta armação: Cid Gomes e outros mais.
            Também, o envio ao congresso, de projetos contundentes e de difícil aprovação, no intuito de dividir as cumplicidades. À exemplo: Maioridade penal, terceirização, reforma política, ajuste fiscal, por fim a estratégia bem recente de entregar ao vice presidente a coordenação política sem esquecer o convite à Eliseu Padilha, a integrar seu bloco ministerial, tudo isto se traduz no reconhecimento de que lhe está faltando tato ou areia aos pés para governar. O bom é que a ficha está caindo e a escuridão já campeia ao planalto. Os descalabros e as derrotas fulminantes dão lugar à desconfiança, e, só os conchavas políticos possam a dar sinais de alento ao executivo maior.
            Deveras, tudo não passa de um grande círculo, tal qual o jogo, da vida de cada um de nós, que também não seja diferente. Assim quem planta colhe, e, tudo requer astúcia e empenho a que possamos sair das situações difíceis impostas. Na política o jogo é bem mais cruel, salve-se quem poder, assim os petistas estão apostando todas as suas fichas para saírem do naufrágio. Desta forma não podemos duvidar que amanhã a situação pudesse ser outra. Quem possa assim nos garantir que neste bojo de reforma política e negociações em troca da não aprovação da cláusula de barreira e do voto distrital, possa ser logo aprovada pela maioria parlamentar, o financiamento de campanhas com o dinheiro público, tudo que o PT mais quer.
            Que também no rol destes acertos com o congresso, esteja implícito, em segredo de sete chaves a prorrogação da eleição municipal vindoura, para mais dois anos de mandatos, numa jogada de mestre que venha a beneficiar quase 100 mil políticos do País inteiro, numa só canetada, entre vereadores, vice-prefeitos e prefeitos, em atividade. Não importa que outros aproximados 500 mil postulantes de partidos distintos fiquem a chupar os dedos nesta longa temporada e os eleitores à mercê dos desmandos cabisbaixos e indignados.
            O importante é que a dona do poder possa recuperar seus brios e seja referendada novamente, ovacionada como heroína, e que o PT volte a reinar com a idolatria à Lula e seus abnegados opulentos, companheiros. Pra fechar as cortinas com chave de ouro, não se pode prescindir ainda que, numa inversão de valores fragorosa deste naipe. Os encrenqueiros: Zé Dirceu ou Zé Genuino, possam vir a serem convidados como os próximos candidatos à Ministros da Justiça e em injusto revanchismo, possam pedir a prisão do juiz aposentado Joaquim Barbosa. Afinal estamos no País das negligências.



 Aguardem!


O autor é jornalista e diretor do Instituto Phoenix de pesquisa descritiva.


            

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