Por Juvenil Coelho
de virtual impacto social, que em muitos momentos colocaram a coletividade em apuros e polvorosas expectativas. A não nos estendermos muito, neste particular, citamos somente alguns daqueles episódios que ora nos flui espontaneamente na memória. Em primeira mão, à titulo de economizarmos espaço, ficam portanto, congelados, para trás como se diz na ginga, alguns daqueles causos fulminantes da retrógada e velha república. Que possamos assim relembrar coisas mais recente. À exemplo: O movimento das diretas já, a ocupação do poder central pelos militares, na revolução de (64), a cassação do ex-presidente Fernando Collor, a renúncia de Jânio Quadros, O confisco do boi gordo nos campos, o tiro no pé de Carlos Lacerda, o congelamento das cadernetas de poupança, a eleição vitoriosa de um operário a presidência da república e até o suicídio inexplicável de Getúlio Vargas, em pleno poder. Assim, estas e outras deploráveis ocorrências, nos foram apregoadas. Tal qual hoje se vê, as dolorosas falcatruas acontecendo bem próximo aos nossos narizes, são furtos e roubos que explodem a cada esquina, afrontando o povo e devorando o erário público. Entramos num verdadeiro colapso, nossas instituições passam por situações constrangedoras, delicadas e escabrosas. Tanto a nível federal, como também estadual e municipal. Enfim, como retrataram os fatos passados que geraram substanciais perdas ao estado de direito, embora nos possa parecer folclóricos e até cômicos. Mas, à bem da verdade, nenhum deles citados, tiveram repercussões tão pejorativas e devastadoras, como estes que vem se desvendando nos anos à fio, dos governantes mais atuais, muito deplorável, sim.
Lamenta-se que a cada instante estejamos
sendo surpreendidos com desvios dos montantes de recursos do erário público.
Não bastasse o golpe da última campanha que mostrava um país enxuto de inteira
governabilidade, ledo engano. Assim mesmo os infratores continuam a se
mostrarem pedantes, intransigentes e irredutíveis aos erros praticados.
O que fizer daquele meliante bandido,
ex-diretor da estatal Petrobras, que mesmo comprovada a sua participação
efetiva no desvio de altos valores para as suas contas em paraísos fiscais,
ainda bradava ao vivo, com a petulância de perguntar aos policiais que lhe
davam, ordem de prisão. “Que pais é este?” Não nos parece absurdo também ver
aquele tesoureiro sisudo, arrogante por natureza, continuando à frente da
tesouraria do seu partido, mesmo estando comprovada a sua participação em intermediar
vários negócios fraudulentos, da operação lava-jato.
Numa desesperadora atitude é que o
governo federal trabalha hoje com supostas e soberbas fontes de salvação, que
possam lhes possibilitar pelo menos um fôlego na latente condução da grave
crise. Iniciando com a desvirtuação dos focos principais com a apresentação de
denúncias noutros compartimentos do poder, sob a alegação de investigações
severas. Entre elas: na receita federal, no BNDES e no INSS. Por outro lado,
criando nuvens de fumaça que ofusquem também o semblante dos adversários sob
alegações de desgoverno e fraudes nos estados de: São Paulo, Paraná e Minas
Gerais. Outra estratégia escusa é a de colocar os aliados em postos de extrema
responsabilidade no fogo cruzado, na ânsia de poder dividir a culpa pelos
erros. Foram vitimas desta armação: Cid Gomes e outros mais.
Também, o envio ao congresso, de
projetos contundentes e de difícil aprovação, no intuito de dividir as
cumplicidades. À exemplo: Maioridade penal, terceirização, reforma política,
ajuste fiscal, por fim a estratégia bem recente de entregar ao vice presidente
a coordenação política sem esquecer o convite à Eliseu Padilha, a integrar seu
bloco ministerial, tudo isto se traduz no reconhecimento de que lhe está
faltando tato ou areia aos pés para governar. O bom é que a ficha está caindo e
a escuridão já campeia ao planalto. Os descalabros e as derrotas fulminantes
dão lugar à desconfiança, e, só os conchavas políticos possam a dar sinais de
alento ao executivo maior.
Deveras, tudo não passa de um grande
círculo, tal qual o jogo, da vida de cada um de nós, que também não seja
diferente. Assim quem planta colhe, e, tudo requer astúcia e empenho a que possamos
sair das situações difíceis impostas. Na política o jogo é bem mais cruel,
salve-se quem poder, assim os petistas estão apostando todas as suas fichas
para saírem do naufrágio. Desta forma não podemos duvidar que amanhã a situação
pudesse ser outra. Quem possa assim nos garantir que neste bojo de reforma
política e negociações em troca da não aprovação da cláusula de barreira e do
voto distrital, possa ser logo aprovada pela maioria parlamentar, o
financiamento de campanhas com o dinheiro público, tudo que o PT mais quer.
Que também no rol destes acertos com
o congresso, esteja implícito, em segredo de sete chaves a prorrogação da
eleição municipal vindoura, para mais dois anos de mandatos, numa jogada de
mestre que venha a beneficiar quase 100 mil políticos do País inteiro, numa só
canetada, entre vereadores, vice-prefeitos e prefeitos, em atividade. Não
importa que outros aproximados 500 mil postulantes de partidos distintos fiquem
a chupar os dedos nesta longa temporada e os eleitores à mercê dos desmandos
cabisbaixos e indignados.
O importante é que a dona do poder
possa recuperar seus brios e seja referendada novamente, ovacionada como
heroína, e que o PT volte a reinar com a idolatria à Lula e seus abnegados opulentos,
companheiros. Pra fechar as cortinas com chave de ouro, não se pode prescindir
ainda que, numa inversão de valores fragorosa deste naipe. Os encrenqueiros: Zé
Dirceu ou Zé Genuino, possam vir a serem convidados como os próximos candidatos
à Ministros da Justiça e em injusto revanchismo, possam pedir a prisão do juiz
aposentado Joaquim Barbosa. Afinal estamos no País das negligências.
Aguardem!
O autor é jornalista e diretor do
Instituto Phoenix de pesquisa descritiva.
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