Ansiedade no amor

Qual é a primeira coisa que vem em sua mente quando você pensa naquela (e) crush? Na minha vem: devagar! Explicarei mais adiante e não neste momento.

Tenho pressa em tudo que faço. Em absolutamente tudo! Quero ver findo minhas atividades pelas quais tenho tanto prazer em fazer. Há muito prazer extrínseco quando se está realizando alguma atividade, não nego. Mas, a cada segundo que estou trabalhando, quero sentir mais desse prazer, desse doce delicioso. E, quando termino, quero experimentar mais dessa aventura.

Quando estou dirigindo pela cidade – deixando claro que não gosto –, tenho que manter paciência, controlar toda minha pressa. Isso é, obviamente, normal, tendo em vista que o trânsito não é formado apenas por mim, mas por várias outras pessoas. É uma questão de respeito!

Contudo, quando estou na estrada, sinto um prazer imenso em dirigir. Não existem palavras que expressam a quantidade de serotonina que meu corpo produz. É uma sensação de liberdade em que posso desfrutar de momentos entre mim e um motor. Lembrando que existe toda uma responsabilidade quando se está por de trás do volante, pois outras vidas podem depender de nós.

Não é uma pressa pela pressa. É uma pressa pelo prazer absurdo pelo bom trabalho a ser feito. Não vejo nenhum problema em ter essa modalidade de ansiedade. Até considero bom, pois permite que seja feito um bom trabalho.

Isso é uma aceleração normal, em que a maioria possui. Contudo deve ser relevada por todos nós, inclusive nas seduções. Ninguém nos aceitaria se estivermos a todo vapor. É preferível manter uma velocidade agradável, também, para nossas parceiras ou parceiros.

Esse é o ponto: o tempo dos nossos crushes. Não namoramos a nós mesmos, entretanto outra pessoa. O nosso prazer deveria estar em fazer feliz outrem, e, se ao mesmo tempo, formos felizes, creio que estamos no caminho certo.

Portanto, é recomendável desacelerar não somente nossas mentes, mas também nosso coração. Eu, particularmente, quero que minha parceira desfrute de igual forma pelo modo que estou curtindo aquele momento especial, sem aplicar minha ansiedade.

Aprendi a separar minhas atividades acadêmicas das amorosas, porém esse é um tema para outro momento. Por enquanto nos contentaremos com este (apesar que minha mente já está matutando algumas ideias).

E, por fim, confesso que por um amor sou capaz de desacelerar minha mente e meu coração para o nosso bem.