Antes que
se possa responder a estas indagações, é interessante que se diga de
incontinente, que entre outros vexames da pasta, o presidente Bolsonaro haverá
de ser surpreendido por um baita presente.
Me refiro a um presente de grego!
Não obstante a tantos afagos e trocas de gentileza por parte do “todo poderoso
mandatário e senhor das américas”, como ele próprio se intitula. Neste sentido,
eu acredito que em breve o nosso presidente nacional será agraciado com a
surpresa. Não é de se esperar somente retornos favoráveis, ou seja; benefícios
práticos, coisas positivas para o povo brasileiro, extraídos deste suposto bom
relacionamento. Modéstia à parte, em que pese a importância de caminhar junto
com a maior potência econômica do planeta por meio de acordos comerciais bilaterais
em andamento, a própria política da boa vizinhança; esperamos que seja no mínimo
salutar!
Obviamente,
não resta a menor dúvida que se trate de fatores consideráveis neste contexto.
Porém, no fundo permeiam os outros interesses de maior porte, alguns escusos, que
poderão estar em jogo. Um exemplo
clássico é certamente a cobiça pelas terras venezuelanas. Sabemos que a questão
em pauta nunca foi negada a ninguém e todos conhecem os olhos grandes dos governantes
do país do Tio Sam. Eles, os norte-americanos, querem dominar tudo entre o céu
e a terra, inclusive o rico país da Venezuela. Em tese, ter sob seu controle as
maiores jazidas de minério do Hemisfério Sul, certamente é um grande negócio. E
mais, o petróleo em abundância, a biodiversidade e tantas outras riquezas
naturais, podem ser presas fáceis para o país mais poderoso do planeta Terra.
Vale ressaltar ainda, que os investimentos
pesados em torno da exploração do petróleo por distribuidoras em terra norte-americana,
feitos em tempos atrás, confirmam esta obsessão e o desejo de tomar para si a
parte boa do país bolivariano. Obviamente que para avançar numa aventura destas
proporções, o Trump precisa ter, além de um planejamento estratégico, o apoio de
seus parceiros de enfrentamento, na pesada batalha contra o arrojado Maduro. É
exatamente aí que entra o “presentão de Bolsonaro”: o Cavalo de Tróia, o que é
extraordinário, muito embora este cavalo seja mitológico, advindo da antiga
Grécia, em eras bem antes de Cristo, onde sua existência é questionada.
Acredito que o cavalo agora deve ser real, e com certeza vem inspirando Donald
Trump, que se acha tão poderoso como um Semideus, capaz inclusive, de fazer
mais estardalhaços mundo afora!
À primeira
vista, que País no mundo não gostaria de obter gratuitamente, uma expoente base
militarizada com milhares de milicos fardados como segurança de suas
fronteiras? - Sem querer entrar nos
amiúdes da espionagem e detalhes da militância, este deve ser o aloprado cavalo
prometido ao nosso Capitão. Muita gente boa acredita firmemente, que breve será
instalado na Região Norte, de preferência em terras roraimenses. O aparato terá
direito a porta-aviões e de sobra uma Corte Internacional e especial para
julgar traficantes e terroristas. Vale ressaltar, que o fato de Bolsonaro não
aceitar Cuba e Venezuela em sua posse, já se fala muito alto sobre este
repugnante imbróglio. Que Deus não permita que se use para este fim, as devolutas
terras roraimenses dos Ianomâmis da Raposa - Serra do Sol. É de bom alvitre observar, que mesmo sendo de
direita ao extremo, o Capitão não tem nada a ver com Donald Trump, tal qual
nossa democracia difere e muito, do sistema político norte-americano.
Neste particular, os gringos sempre
foram mestres na armação de ciladas contra seus oponentes, em especial as ações
políticas em detrimento do povo, pondo em cheque toda a coletividade. Sem
querer enumerar, mas foram incontáveis estas pseudas benevolentes doações que
acabaram estourando como bombas atômicas no seio da sociedade, a exemplo da bomba
de Hiroshima. Na verdade, não há muito que se esperar de um louco que há tão
pouco tempo de governo já cometeu afrontas e desvairadas decisões desumanas,
sendo hoje comparado ao Rei Herodes e outros tantos. Não fosse a construção do
muro mexicano tão chacoalhado pela mídia internacional, nos parece só a gota
d’água para enfrentamentos sem precedentes contra países latinos indefesos.
Para que sejamos mais incisivos, o que nos parece mais plausível, a
ponto de emprenhar nossos ouvidos é que, o ambicioso, ousado e usurpador das
reservas estrangeiras, insiste nesta aberração criminosa, de invadir o País venezuelano
e impor suas normas e doutrinas capitalistas, tal qual fizeram ao longo dos
tempos com outros países, entre eles: Vietnam, Iraque e mais recentemente a
Síria. A bem da verdade, esta proposta não é nova e muito menos inédita, a
ponto de ter vazado a meio mundo. O que lhe falta, digo ao senhor das américas,
trata-se de apoio irrestrito de aliados, que sempre lhes tiveram como figura
non grata.
Pois bem, diante
de tudo isto, o que representa este suposto cavalo selado e suprido de seus
arreios instrumentarias, para o País dos tupiniquins? – Mais retrocesso e
inimizades no contexto internacional? - Eis aí uma intrigante questão, embora
ainda estejamos na esfera hipotética, porém a repercussão já se mostra trágica,
comparada à tantas outras que já ocorreram mundo afora. Os indícios são de que mais
uma guerra intolerável será incitada, o que muito só interessa a eles, aos
americanos, com o fim de que possam negociar seu arsenal de armas pesadas,
obsoletas. Nesta questão, muitos estudiosos do assunto já estão debruçando em
suas pranchetas, preocupados nas suas análises com o desdobramento caótico que
se apresenta. Sabe-se que ainda são nebulosas as sinalizações. Embora seja este
só mais um plano descomunal de um tresloucado sujeito, levado por um sentimento
nacionalista sem precedente, com sede de poder extremo, a ponto de ter custeado
a fraude de suas eleições, cujo objetivo foi se manter no alto posto onde está!
A bem da
verdade, mais um dos endiabrados líderes que ao longo da história provocaram tumulto
às nações do planeta Terra, a exemplo do incendiário Mussolini ou do
sanguinário Hitler, entre outros. Pasmem todos os viventes, como se não
bastasse a aguda crise faminta daqueles irmãos venezuelanos, como haverão de
suportar mais este insuperável desfecho de atrocidade? - Assim, o que se espera
é que haja tempo e vontade política dos organismos internacionais para intervir
nesta afrontosa ideia, inclusive a ONU, em que possam desvendar a tempo os
efeitos corrosivos, revertendo tudo isto, sem perdas de vida e sem prejuízos materiais
para qualquer dos lados envolvidos.
Juvenil Coelho |
O autor é
analista político e Diretor do Instituto Phoenix de Pesquisas Sociais.
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