"Os grandes digladiadores, que afrontam seus adversários" |
Embora a manchete lhes possa parecer com
o título de um filme relé, do velho faroeste, ou de um seriado qualquer, ledo
engano. Falamos literalmente, de uma
contenda real e bem travada, que haverá de recomeçar em breve no cenário dos
acontecimentos nacional. Sem que se possa prever ao certo qualquer favoritismo
neste entrevero, que se diga de passagem, ocorrerá a céu aberto, à princípio
envolvendo duas crias ferozes do reino animal, muito familiarizados à
coletividade tupiniquim. Trata-se da contenda do homérico, figurão do Tamanduá
Bandeira, contra a rastejante e maligna cobra Jararaca, como todos já devem
conhecê-lo os. Ele o imponente devorador de cupins e indefensáveis formigas, embora
se mostre bem tranquilo, mas tem estopim curto e é bocudo por natureza. Talvez
dado ao seu poder de barganha e força descomunal, acha que tudo pode, na
verdade, seus braços e musculatura são mesmo muito fortes e robustos, resistentes à golpes de faca, raciocínio rápido, mais curta inteligência.
Por
outro lado, têm assim mãos pesadas, capaz de enfrentar e esganar a tapas, a qualquer
outra fera do reino. É defensor intransigente da família, em especial de seus esquizofrênicos filhotes, evidente. Briga também pelos amigos mais próximos, inclusive entre
muitos, um fanfarrão americano, famoso pelas suas gafes, falastrão que milita
dentro dos mesmos princípios, direitistas.
Do
outro lado, o adversário em pé de revanchismo, nota se nele a nítida presença
da cobra Jararaca, venenosa e traiçoeira, uma verdadeira serpente, de origem do
agreste dos sertões nordestinos. Mas foi criada num outro habitat, onde
adquiriu novas estratégias de ataques e especializou se na ganância pelo espaço
e poder. Por estar enfurnada a algum tempo, em regime de hibernarem forçada,
possa estar afiada a defender com suas caninas presas, seu idealismo falacioso.
Bem como seus aliados corruptos, tudo a base dos dinâmicos sussurros, oriundos
da língua felina, que sempre foi sua arma mais impiedosa. Por ser peçonhenta e
atrevida, às apostas tendem a lhes favorecer nos primeiros ROUND’s, já que não deva
haver enfrentamentos corporais, e sim, de dialéticas. Em suma, será a
verdadeira guerra de nervos, como assim procedem inicialmente, os grandes digladiadores,
que afrontam seus adversários pelo psicológico. Certamente que diante da
ofensiva da adversária, o nobre Tamanduá Bandeira vai se defendendo
matreiramente com suas armas não tão agressivas, sem o uso frequente das suas
garras mortíferas. Ou seja, vai ser um tanto diplomático, mesmo não sendo sua
forma natural de agir, ou seu modus operands. A que possa haver assim uma
ligeiro meã culpa, de que não vem cumprindo bem com seu papel de líder, ou de
defensor da flora, nem mesmo do meio ambiente, onde as queimadas amazônicas devastaram
muito as matas de agasalho dos seus prudentes correligionários e por aí a fora.
Também pelos mares que estão a cada dia, mais poluídos, em especial as praias
do Nordeste.
Assim o destabelhado roedor haverá de reconhecer um pouco da sua
inabilidade, com o trato do seu cercâme, de exigente conduta irrepreensível, em
torno de sua responsabilidade com a enorme coletividade que lhe deu carta
branca para agir. À estas alturas, é tudo que a fera adversária quer, hoje quase
livre das amarras da justiça e tão mais inescrupulosa, diante da omissão de seu
oponente, ela se dispõe a deitar e rolar. Evidente que não podemos jamais
esquecer que a tal Jararaca se tornou ao longo dos tempos como o mimo dos seres
sertanejos e ruralistas. E que também se distingue dos seus oponentes pelo seu
veneno mortal, além de geniosa, domina as grandes concentrações da pobreza, e
reina com euforia nas grotas, baixões e ribanceiras, onde é comum encontrar sua
plebe. Na sua gigantesca trajetória ela é tratada de “mulher má”. Pois carrega
em suas vértebras a pecha de bicho homicida, por vezes, comedora de seus
filhotes, se gente fosse não passaria de egressa genocida. Pudera, ela vem da
família dos crotalídeos ovovivíparos, rastejantes, a quem a natureza permite
que comam o fruto dos seus próprios ovos, logo após serem germinados.
Assim, só
escapam de sua fúria gananciosa, os filhos mais espertos. Venhamos e
convenhamos, esta é a lei da sobrevivência em todo o espectro do reino, se
perpetuando por séculos a voraz cilada, do grande engolir sem dor nem piedade ao
mais pequeno. Até mesmo o homem que é racional, são uns a sucumbirem aos
outros. De tal forma que na plateia dos oportunistas, está cheio de outros inomináveis
bichos escabrosos esperando pela derrocada dos valentes, do confronto em
apreço, entre esta cobra maldita, contra o enfurecido e farofeiro Tamanduá.
Entre eles, o Narigudo Sanhaçu da rede Globo, e outros mais do pedestal da fila
à espera de um deslize dos combatentes de ponta, para assumirem o controle do
trono dos viventes.
De fato, o que ninguém duvida é que pelas
peculiaridades sórdidas dos dois, uma hora se atraquem em definitivo, numa
enroscada sem retorno. Lamentavelmente, num abraço fatal. E aí é só delírios e
foguetório dos outros bichões adversos, de plantão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
₢omentários,...